O segredo da educação dos filhos

Por Erika Cerda Dunder, Psicóloga

Amor aos filhos nunca é demais. E há várias formas de amar: não basta só dar carinho, mas externar o amor com palavras, corrigindo, educando, se interessando por suas coisas necessidades e apreensões.

Ser permissivo demais não é amor, é insegurança.

Atualmente vemos os pais permitindo coisas demais aos filhos, com receio de que eles possam se voltar contra eles, ou “perder os filhos para o mundo”.

Se houver segurança na hora de chamar a atenção do filho, se até aqui você transmitiu a seu filho tudo o que pode da melhor forma possível, não há o que temer.

Importante é saber dosar as coisas. Há momentos em que você poderá ceder a uma ordem dada, mas nem sempre. E isso não significa que está perdendo seu filho.

Antigamente, no tempo de nossos avós, víamos uma educação mais severa, mas que em alguns casos atuais caiu em um distanciamento dos pais. Hoje, talvez por esse receio, e pela correria do dia a dia, os pais se submetem à permissividade com certa facilidade, com medo de perderem os filhos, de que eles não lhes deem ouvidos. No entanto, essa insegurança gera insegurança também nos filhos, não permitindo que eles cresçam, que se defendam na escola, que tenham coragem de escolher uma profissão, que se tornem pessoas com caráter correto.

A personalidade da criança é formada nos primeiros anos de vida, por meio do convívio com as pessoas. E esse primeiro convívio vem de casa, geralmente com os pais.

“Questões relativas à confiança, segurança, amor, diálogo e críticas construtivas possibilitam uma personalidade mais integrado e, por outro lado, os aspectos negativos, como desprezo, violência, ausência, influenciam na construção de uma personalidade desajustada. Nesse caso, os relacionamentos entre pais e filhos e entre os próprios pais serão determinantes para a formação psicológica do indivíduo.” (Fonte)

Quando nasce uma criança, nasce uma mãe (Winnicott), assim como nasce também um pai. Não existe curso para pais, existe a experiência vivida e essa experiência só é vivida tendo o filho.  É por meio de erros e acertos, de busca de informações, de aprender a lidar com aquela criança, que determina quem ele será no futuro como adulto.

Interagir com seu filho vale muito mais do que satisfazer suas necessidades. Participar da vida dele, interessar-se pelas suas conquistas, dar qualidade para a relação também é educar.

Dar limite é essencial para que ele aprenda a lidar com as frustrações da vida. No futuro, quando adulto, terá uma namorada que o deixará, ou um chefe rígido, ou uma perda difícil. O registro que terá em seu inconsciente é de um dia ter recebido limites, pois um dia ele soube que nem tudo poderia fazer ou ter, porque tinha superiores (pais) que o limitava.

Dizer não também é educar, dizer não também é amar!

Muitos pais não conseguem dar limites aos filhos porque também não receberam. Alguns comportamentos dos filhos são reflexo dos comportamentos dos pais. A educação, por exemplo, é muito mais aprendida no que se vê, nas atitudes, do que nas palavras ditas.

Este vídeo explica em imagens sobre a educação, o medo que muitas vezes temos de não sermos bons pais. Ao sermos boas pessoas, teremos bons filhos.

O que vemos e sentimos é aprendido imediatamente; palavras sem atitudes vagam pelos ares.

Texto: Erika Cerda Dunder – CRP 06/75943 – Psicóloga Clínica – Atendimento em SCSul

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